Por tudo o que vivemos sou refém
dos sonhos que deixamos de viver;
ficou saudade por não mais poder
amar-te na distância e mais além.
Eu sei, virou tratado que mantém
um bom bocado de ilusões de haver
tentado nesta vida não sofrer
ausência de um amor que nunca vem.
Escuto o som de notas distorcidas
pela distância que se faz maior,
mas que ainda existe na afeição real
e me alimenta a alma consumida
pela procura insana do sabor
de vida intensa, ritmo ideal.
* Do livro "Quero-te ao som do silêncio!"