Sei... já não há
tempo...
De ouvir a voz do vento.
Das palavras caladas.
De lembrar do ontem...
e sonhar com o amanhã.
De estancar a seiva dos galhos
podados que já não
brotam
Do cio árido com sementes secas
sem noites de
orvalho...
De procurar o calor
de outras mãos.
De esticar o fio que
segura
o pêndulo levando os
momentos
em apelos mudos...
Ah se pudesse!...cinzelava
o amor nas chamas
para
que ao escurecer
trouxesse
a magia da
eternidade...
Mas o amor entra...me olha
encosta em mim...me
engana
e leva-me a dançar...
Nos braços do silêncio.
Marcia _05/10/14